— As Mulheres de Lilith & os Homens —
Publicado originalmente em 2 de maio de 2020
em meu antigo blog Senda da Individuação.
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Certa vez, numa conversa com uma mulher que se considerava uma "filha de Lilith", ela dizia que "o espírito de Lila" era justamente por os homens a serviço dela. A vida desta mulher era bastante conturbada, devia muito dinheiro, mas sempre dava um jeito de conseguir um "padrinho" que se compadecesse de sua situação...
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Na realidade, aquela mulher estava bem longe de ser uma Filha de Lilith, pois não passava de uma co-dependente da "cultura de Eva". Pois dentro desta dualidade psicológica vivida pelas mulheres no ocidente, este comportamento é tipicamente ensinado dentro dos lares onde o Arquétipo de Eva serviu — e ainda serve — de exemplo às meninas, sobre a melhor forma de ser mais adequada ao mundo masculino. Assim, uma sombra de Eva nasce num complexo de poder mal assumido, dentro daquela mulher, e ela pensa que está sendo como uma filha de Lilith, quando na verdade "o espírito de Lila" a ensinaria como se tornar independente — e com amargas lições...
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Existe um grande equívoco de entendimento a respeito do comportamento feminino que se identifica com Lilith em relação aos homens. Portanto, Queridos Homens:
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—» Não se deixem iludir por mulheres trapaceiras
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A trapaça, a manipulação e o embuste, nada têm a ver com Lilith, pois uma filha de Lilith é honrada o bastante para conseguir as coisas por seus próprios méritos — sem trapacear a ninguém, nem mesmo suas companheiras de Jornada. Lilith se diverte de uma forma bastante diferente com os homens. E saibam que a sombra de Lilith manifesta-se de outra forma, e faz a mulher se afastar dos homens provedores se estes desejarem aprisioná-la. Quem adora (se prende/depende/se submete) (a/d)os provedores são as "Evas de plantão". Vem de uma insegurança emocional estrutural querer usar o outro como "step" (escada) ou crer-se sem poder para se bastar – ou de uma corrupção de caráter mesmo.
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Isso não significa que, conectada ao Arquétipo de Lilith, uma mulher não possa aceitar presentes ou mesmo aceitar receber ajuda quando estiver precisando. O que ocorre, nestes casos, é que assim que uma mulher "empoderada de Lilith" se reconstrói (no caso dela necessitar de ajuda financeira, por exemplo), ela tem a tendência de não se acomodar, justamente porque é guiada pela sensação de sempre aprender e de não abrir mão da liberdade de prover a si mesma.
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Mas de fato, não há problema algum em cair para depois se levantar. Está tudo bem em sentir cansaço numa sociedade patriarcal que só exige e nada repõe para nutrir. É só aprendizagem mesmo. Assim como não há problema algum um casal ter um acordo em que a mulher prefere – de fato – cuidar das coisas da casa, sem que isso represente uma sombra em qualquer aspecto. Tudo vai depender da posição em que essa mulher se coloca dentro da relação.
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Válido também mencionar que não se deve julgar ou recriminar as mulheres conectadas ao Arquétipo de Eva porque elas foram ensinadas a obter as coisas pelo sofrimento, pois foram treinadas em sentir culpa – aspecto que uma mulher conectada à Lilith já superou, pois realizou as limpezas de crenças limitantes e emoções sombrias necessárias para viver uma vida de prazer, contentamento, expansão e alegria.
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Assim, que sirva de filtro para sua autoanálise: onde você ainda se encontra presa à sombra de Eva dentro de você? Essa resposta irá lhe guiar para uma correta ativação do Arquétipo Lilithiano através da retomada de sua consciência, e isso lhe devolverá seu poder pessoal.
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—» Mas de onde aquela mulher tirou o termo "Lila"?
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Lilith é uma deusa tântrica não reconhecida das eras pré-diluvianas¹: Isto significa que Ela não é cultuada entre os tântricos do sistema Sri Vidya como Lilith, mas sim como Lalitha (Lalita) Devi — e uma série de outros 999 nomes divinos (isso só entre os tântricos, porque fora do Tantra Ela é reconhecida por mais nomes).
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Um destes nomes tântricos de Lilith, para quem não sabe, é Lila (Leela), A Brincadeira Cósmica ou A Brincalhona. Tal epíteto do não-dualismo tântrico se refere à Maya, à ilusão do mundo material, de que a vida deve ser compreendida como uma grande brincadeira da consciência e que o cosmos deve ser visto como um jogo. Um outro aspecto deste nome é que 'Lila' assume várias formas como esporte, se vivida de uma forma dualista, e adora experimentar o amor dentro das ilusões do 'karma'. Pois bem...
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... A mulher deste nosso estudo, perverteu esse conceito em benefício próprio (porque se acreditou sem poder), a fim de dissimular o desconforto por não ser independente e desta forma se sentir "autorizada" a praticar o embuste: "já que eles têm a mais do que eu, então eu posso roubá-los". Sempre que ela conquistava uma certa independência, retrocedia 10 passos para trás, porque no fundo no fundo, o que ela gostava, era de ver os homens desarmados aos seus pés, e por isso sabotava suas próprias conquistas. Isso esconde um profundo ressentimento, e com certeza aquela mulher expressava a raiva herdada de suas ancestrais que sofreram com as castrações do patriarcado, e se colocava à disposição para vingá-las — talvez, num padrão de comportamento inconsciente. Aquilo era um comportamento crônico, a mulher de nossa análise simplesmente não sabia como ficar sozinha, sofria de SFP — "Síndrome do Falo Provedor".
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Tal engodo, não tem absolutamente nada a ver com Lilith, mas com a repressão de Eva dentro da consciência feminina. Não há mal algum ao feminino em receber apoio do masculino e vice-versa. O exemplo de ignorância aqui apresentado destaca o mau uso dos arquétipos lilithianos para justificar a autocorrupção do caráter.
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[1] Historicamente o Tantra surgiu em torno do ano 1000 com a reforma de Abhinava Gupta, contudo, seus ensinamentos remontam ao período pré-védico, segundo alguns autores e outras fontes espirituais e extraterrestres.
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