É importante saber que o patriarcado não foi um movimento isolado em uma região específica, ele foi uma emergência psíquica que ocorreu simultaneamente em várias culturas, como o resultado do movimento da psique masculina.
Tal desenvolvimento deu-se em relação à ideia arquetípica do filho que sai do ventre da mãe, e no matriarcado, todos os filhos e filhas ainda estavam dormentes no útero materno da consciência fetal como símbolo.
Assim, quando esse filho nasce e começa a crescer, chega à fase de perceber os defeitos que essa mãe carrega, se revolta contra ela, cortando os laços que o prendem e nega todas as tentativas de fazê-lo retornar para sua uroboros primordial, que significa a morte de seu desenvolvimento, pois, retornando à uroboros que é o útero, ele morre. Temos neste item, a face arquetípica da Mãe Terrível.
O “deus do patriarcado” então assume as características femininas da mãe boa no Novo Testamento da cultura cristã, a fim de negar essa necessidade intrínseca do homem de endeusar a mulher – justamente porque nasceu de uma, e por ser uma coisa da qual ele jamais conseguirá escapar.
Então temos, dentro da história da origem da consciência humana, a primeira etapa que foi o Matriarcado, e a segunda que é o Patriarcado, nós ainda estamos nela. A próxima etapa da consciência planetária está na Alteridade, onde Sagrado Feminino e Sagrado Masculino compartilharão suas experiências como iguais e em equidade.
Excerto do livro O Chamado de Lilith
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