Deva Layo Al-N-Dara  |  Autora, Condutora de Percepções & Semente Estelar  |  Mentorias, Jornadas & Palestras

Psicologia Lilithiana

Guiança Estelar

Divulgação Asgardiana

Autora de O CHAMADO DE LILITH, de O VAMPIRO NO DIVà &  de YONI EGG a Pedra Filosofal da Consciência Feminina

Entre o Cabresto & a Revolta: Lutar contra a Submissão ou Superá-la?

Lutar contra a Submissão ou Superá-la?

Vamos raciocinar sobre isso?

— Originalmente escrito para o Eu Sem Fronteiras

Na tentativa de lutar contra a submissão, muitas mulheres desenvolveram mecanismos de defesa que as impulsionam à revolta automática. A revolta automática e a reatividade não resolvem o problema da submissão. Ela pode gerar mecanismos de compensação e controle social como vergonha, culpa, punição e vingança. A emoção que levanta e comanda tal resistência é o medo. Falo de resistência porque o problema continua a ser reproduzido em outras circunstâncias da vida feminina.

O medo do cabresto – é difícil admitir isso, uma espécie de “medo ativo”, que incita à coragem, como “eu não vou deixar isso acontecer de novo” – coloca a mulher na exata mira dele, em que experiências passadas vão se repetindo, sem que ela consiga decifrar COMO isso está acontecendo consigo.

As experiências dolorosas de quando se viveu sob o cabresto de alguém que se impôs como uma figura de autoridade e abusou do poder, emergem como um estopim de memórias, fantasias recorrentes de medo e emoções que escravizam a mulher, em vez de libertá-la.

Ela vira uma refém lacrada em si mesma

 

É necessária muita lucidez para sair desse tipo de conflito, a qual só pode ser alcançada quando há a liberação da raiva e do medo que cegam e controlam o comportamento reativo. Liberar significa reconhecer. É preciso dar reconhecimento à raiva e ao medo como memórias emocionais ativas na musculatura corporal. É preciso também reconhecer que essas emoções estão lhe paralisando, a fim de observar como elas lhe controlam e sabotam, fazendo você recriar e submeter-se às mesmas experiências de dor, atraindo pessoas muitos semelhantes àquelas que lhe fizeram mal no passado. Ou seja, a experiência da submissão continua sendo jogada na sua cara – o que a enfurece ainda mais.

É preciso interromper o ciclo, deixar de se sentir atraída pela experiência da submissão como uma condição nas relações. É necessário desativar esse gatilho emocional – ele funciona nas sinapses. Podemos dizer que é o mesmo gatilho capaz de condicionar alguém ao masoquismo, ao sadismo, fazendo a pessoa buscar sempre as mesmas experiências porque foi condicionada a sentir prazer nelas.

Você precisa se perguntar para quê a submissão lhe serve. Como foi que isso foi construído em você, e como você aprendeu a receber amor através do sentimento de menos valia. Não se surpreenda se descobrir que conseguiu manipular muita gente também através de sua atitude submissa. Existe mesmo uma tirania na conduta de toda pessoa submissa, que aprendeu a se defender com as armas que tinha. Mesmo que seja uma condição não desejada mais por você, você precisa compreender todo o espectro sombrio desta tendência tóxica e autoanuladora.

Uma forma de elaborar isso melhor é reconhecer o seu lugar de igualdade dentro do processo, sem se abalar com as exigências ou inconvenientes formas de pensar do outro, afinal ele tem o direito de pensar como quiser – seja ele um companheiro, um ex, uma ex, a mãe, o pai, um irmão, uma irmã, um chefe ou colega de trabalho.

A elaboração desse reconhecimento e dessa possível imunidade às reações emocionais do outro ocorre quando você está consciente de que a causa de sua indignação não é o comportamento da outra pessoa, mas suas crenças a respeito do que não deveria estar acontecendo, seu julgamento sobre coo o outro deveria ser com você, e seu próprio "complexo paralisante", que lhe sabota. Esse complexo pode se alimentar de uma crença como "sempre que isso acontece ou que escuto tal coisa eu me sinto anulada, cancelada, porque é importante o que pensam ou o que falam de mim".

Quando você começa a se libertar destes gatilhos emocionais, é comum que quem quer que esteja no controle de sua experiência reaja com dificuldade em aceitar a sua partida e libertação. Eu não esperaria outra coisa.

Ao aceitar esse fato, você acolhe desse aspecto frágil de sua criança interna e ela se sente protegida – e isso a empodera para assumir um ponto de tranquilidade dentro de uma posição natural de não submissão, mas também de não resistência, uma posição natural de igualdade, numa harmonia impecável, numa comunicação não violenta. E se isso incomodar alguém, não é problema seu, afinal você fez uma escolha diferente e a outra parte também é livre para escolher não se incomodar, se assim o desejar. Se a outra parte se incomoda, é responsabilidade dela, assim que é a sua aprender a deixar de dar importância (importar para dentro) a necessidades que não são mais suas e que não ressoam mais com você.

Quando você se reconhece na sua posição – e se aceita nela – abre seu nível de permissão para receber reconhecimento, respeito e consideração. Aprende a receber justiça sem ser uma vítima. Nesse estado de consciência, a rejeição da outra parte em reconhecer que sua posição é de equidade e não de inferioridade, não a incomoda mais porque você sabe que o que leva o outro a tentar diminuir os demais são simplesmente os complexos dele. Bom, o que é dele, é dele.

Mantenha seu foco em si mesma, cultive seu equilíbrio e siga adiante.

 
P.S.: Esse texto não desconsidera a necessidade de se acionar os meios legais na execução dos direitos de cidadania. A submissão é uma condição interna que precisa primeiramente ser desconstruída e cancelada dentro da mulher, mesmo que precise ser efetivada com ações externas. Se preciso, faça Terapia.

Conheça também os livros da Coleção Legado de Lilith para aprender a desconstruir esses padrões de comportamento, através de uma profunda investigação dos seus aspectos arquetípicos pessoais e compreenda o que reprimiu em você mesma:

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